quinta-feira, 11 de junho de 2020

Reflexões sobre a quarentena

Perfil Jussara Clemente Ferreira.

Conectando questionamentos e informações da minha "bolha" do Facebook com momentos filosóficos da quarentena:
Lendo uma indagação da Thais Pistorezzi Dall Olmo sobre como manter a sanidade nesses tempos, acabei respondendo (pensamentos que já ando construindo faz um tempo) que, na minha visão das coisas, é inútil tentarmos mudar os outros com discursos. Isso me lembrou outra citação da Diana Alarcon que uma vez me falou que fazer isso é pregar pra convertido. Fiz um curso esses tempos onde o professor falou uma frase que mudou totalmente a minha percepção: "não tem como parir quem não está grávido". Baseado nisso, eu acho um desgaste energético extremo tentar ficar colocando bom senso na cabeça de quem não tem. Eles "não estão grávidos". E a saída? Pra mim a saída é aquela frase: "seja a mudança que você quer ver no mundo". As pessoas mudam pelo exemplo. Cuidando de nós, o mundo ao redor muda tb, pq semelhante atrai semelhante. É pelas nossas atitudes que os outros vão escolher seguir o exemplo ou não. Pelo menos até que consigamos desenvolver uma comunicação mais eficaz que desbrave essa floresta inacessível que é a cabeça de quem "está do outro lado" (sim pq acho que nossa comunicação combativa não está dando resultado tb). Ou encontramos um modo de expandir a consciência das pessoas ou não adianta bater de frente com suas crenças, por mais que a gente não concorde ou ache absurdo. Talvez aí esteja o nosso ponto de desenvolvimento e melhoria nesses tempos. Acabei de ler numa publicação da Bianca Guimarães aqui no Facebook onde ela diz que esse gabinete do ódio não incita só o ódio nos adeptos dele, mas em nós que tentamos mostrar pros outros os absurdos disso tudo. No fim, também nos revoltamos e eles conseguem atingir e conquistar seus objetivos em 100% das pessoas: todos estamos revoltados e odiosos. Achei incrível essa percepção. Acho que a saída é que continuemos a pensar no coletivo, fazendo o que está ao alcance de nós mesmos. Acho que assim dá pra manter a sanidade, pelo menos é assim que estou seguindo. Obrigada Bianca, pelo aumento da minha percepção e pela minha "bolha" que me faz acreditar que tem muita gente realmente boa de se conviver e, pasmem, ainda me dá esperanças na melhora da humanidade! Kkkk