segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Evolução da Consciência

Frase de um pajé do povo Kaingang sobre o homem branco: 
“O mundo deles é quadrado, eles moram em casas que parecem caixas, trabalham dentro de outras caixas, e para irem de uma caixa à outra, entram em caixas que andam. Eles vêem tudo separado, porque são o Povo das Caixas….”

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Regina Faccinetto Böttger


"A evolução se trata de ver além dos pensamentos e sentimentos tridimensionais comuns, recusando-se a lhes dar poder e vivendo a partir do sentido mais alto do que vocês sabem, estando no mundo, mas não sendo dele." Desconhecido

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Boiçuganga 15 Nov 2014




Um final de semana muito bom.
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sábado, 25 de outubro de 2014

Não existe como criar consciência sem dor

"Não existe como criar consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, não importa o quão absurdo seja, para evitar encarar a própria alma. 
Não nos tornamos iluminados apenas imaginando figuras de luz, mas criando consciência da escuridão. Porém, esse procedimento é desagradável, portanto, não popular."
— Carl Jung

domingo, 12 de outubro de 2014

Tendências Infantis que Nos Impedem de Viver o Presente



"O problema é que, especialmente nos tempos atuais, temos essa idéia de que uma vida bem vivida significa que todos as nossos desejos mundanos devem ser satisfeitos e que devemos ter o máximo de prazer físico e emocional possível.

Isso, para nós, é o que significa uma boa vida. Mas isso não é verdade! Estamos aqui para aprender. Estamos aqui para crescer, amadurecer. O Buda, quando falava sobre pessoas comuns como nós, chamava estas pessoas de infantis ou imaturas. Portanto, o objetivo do caminho espiritual é amadurecer e se tornar um adulto. Não permanecer infantis. Crianças pequenas, quando as coisas estão indo como gostariam expressam um sorriso feliz. Sorriem, sorriem. No momento que algo sai errado elas não sabem como lidar com suas emoções. Elas gritam e choram, como se alguém as tivesse desmembrando com pinças em brasa quente. Mas é só porque elas derrubaram o doce no chão. Elas não conseguem conter o seu pesar como também a sua felicidade e a sua raiva. Suas emoções são despidas de disfarce. E, para nós, a tragédia é que crescemos externamente e por dentro permanecemos emocionalmente com quatro anos de idade. Nós disfarçamos, externamente.

A palavra persona, de onde adquirimos a personalidade, traz a idéia e significado de uma máscara.[1] É uma máscara que era usada pelos atores em Roma e na Grécia simbolizando o personagem que estavam interpretando. Então, era a máscara que o ator usava que propiciava que ele ficasse escondido. Era a máscara que eles mostravam ao mundo, no palco. Estas são as nossas personalidades. Todos nós projetamos as personalidades que queremos que os outros acreditem. E, na qual, nós também passamos a acreditar, o que é a grande tragédia.

No entanto, externamente, por mais aparentemente sofisticados que podemos vir a pensar que somos, internamente, há essa criancinha. Precisamos crescer e nos colocarmos na escola. E a escola é a nossa vida. A vida nos ensina lições o tempo todo. E quer aprendamos ou não essas lições ou tenhamos que repetir de ano depende de nós. E é melhor que nós venhamos a aprender onde estivermos agora, com quem estivermos agora. A sua família é uma base maravilhosa para este treinamento. O seu local de trabalho, seus colegas, seus amigos, suas atividades, tudo isso. Tudo. Nós podemos aprender. Se apenas pensarmos de uma maneira na qual cada pessoa que você encontre, naquele momento, se torne a pessoa mais importante do mundo, nossa vida seria muito diferente. Simplesmente, porque naquele momento, esta é a pessoa com quem você está.

Sua Santidade Dalai Lama é maravilhoso nisso. Todos que o conhecem, mesmo que por um segundo, se sentem transformados porque naquele momento, eles sabem que S.S. esta olhando apenas para eles. Quando S.S. pega em suas mãos e olha em seus olhos, sabemos que, naquele momento, mesmo que seja somente naquele momento, nós só existimos para ele. Com bondade. Sem nenhum julgamento. Vendo a pessoa e não a “persona.” Você vê esses políticos e religiosos parecendo constrangidos, enquanto que S.S. encontra-se alegre e sorridente. Isto se dá porque S.S. não esta se relacionando com eles como esse ou aquele cardeal ou o presidente desse ou daquele lugar. Ele esta olhando para a pessoa por trás daquilo tudo. Com amor e com compaixão. Abertamente e com completa aceitação. Cada um de nós pode fazer isso. Entende? Quando conhecemos alguém, em nossa mente, nosso primeiro pensamento deveria ser “que você seja feliz.” Nada mais importa. Que você seja feliz. Porque todos querem a felicidade. E, então, não atrapalhe o caminho delas. Portanto, nossa vida cotidiana, nossas famílias, nossos filhos, nossos relacionamentos, nosso local de trabalho, colegas, amigos, vizinhos, pessoas que gostamos, pessoas com as quais temos problemas, todos, são ajudantes no caminho. Cada um deles. Cada respiração dada é prática espiritual. Ninguém pode dizer que não tem tempo para praticar."

— por Jetsunma Tenzin Palmo

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[1] No teatro, é uma palavra italiana derivada do Latim para um tipo de máscara feita para ressoar com a voz do ator (per sonare sigifica “soar através de”), permitindo que fosse bem ouvida pelos espectadores, bem como para dar ao ator a aparência que o papel exigia.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

AH SE EU SOUBESSE

AH SE EU SOUBESSE
Quando chegamos ao plano espiritual, a maioria dos espíritos pensa algo muito parecido:
- Ah se eu soubesse…
Se eu soubesse que a vida real não era na matéria… se eu soubesse que a realidade não é de sofrimento, mas de paz e liberdade… se eu soubesse que nada que existia na matéria é permanente, que lá é tudo passageiro, eu não teria brigado no trânsito, batido nos meus filhos, me apegado a tantas coisas efêmeras…
Ah se eu soubesse…. teria ajudado muito mais gente, teria me enriquecido com amor e luz, teria deixado de lado esses problemas pequenininhos, teria feito caridade aos necessitados, teria deixado o amor fluir, teria me atirado no bem sem nenhuma preocupação, teria sido mais humilde, teria vivido em paz…
Ah se eu soubesse… teria passado mais tempo com aqueles que amo, teria me preocupado menos, teria tido mais paciência, teria me soltado mais, me desprendido mais, teria vivido mais livre, de forma mais espontânea, mais natural, teria visto o lado bom de tudo, teria valorizado as coisas simples da vida.
Ah se eu soubesse… se soubesse que a vida na Terra vai e vem, que tudo se esvai, que nada é permanente, que não existe algo fixo, imutável. Se eu soubesse que tudo começa e termina, que os relacionamentos começam e terminam, que a dor lateja e depois vem o alívio.
Ah se eu soubesse… se soubesse que os arrogantes sobem, ficam no topo e caem por si mesmos; caem pelo seu próprio castelo de cartas da ilusão que criaram. Se eu soubesse que os ricos podem se tornar pobres de espírito, e que os pobres podem ser muito ricos de espírito. Se soubesse que as diferenças sociais se extinguem, que na morte todos somos filhos do universo, que a fome é saciada, que a sede é aliviada, que a violência só traz mais violência, que os injustiçados são compensados, que os perdidos sempre se encontram, e quem está demasiadamente seguro de si acaba se perdendo.
Ah se eu soubesse… que a vida espiritual é a vida real, que as mágoas corroem o espirito, que a cobiça gera insatisfação, que a lisonja só cria humilhação, que a preguiça gera estagnação. Se eu soubesse que o medo é sempre maior do que a mente engendrou eu teria me arriscado mais, teria ousado, teria tido a coragem de ser o que eu sou, teria retirado essa máscara que encobria minha verdade, teria desatado o compromisso com o logro, com a burla, teria assumido minha integridade sem divisões, sem fragmentos.
Ah se eu soubesse… não teria cortejado o sucesso, não teria me atirado ao poço fundo, vazio e solitário da avidez, não teria me enganado de que, ao atingir o topo, a descida é o único caminho. Se eu soubesse que o mundo é uma doce miragem eu rejeitaria a pueril busca pela sensualidade. Largaria com afinco os prazeres e vícios da juventude. Se soubesse que tudo muda e nada se encerra, teria posto de lado as moléstias da nostalgia.
Ah se eu soubesse, teria menos pressa, olharia mais para a vida, veria mais o nascer do dia, comeria com calma o pão de cada manhã, teria plantado uma árvore, corrido no jardim, deitado no chão e rolado na grama. Teria mergulhado e me perdido no tempo, solto em reflexões sobre os mistérios da vida. Teria me desimpedido de autocobranças, teria me aceitado como sou e aceitado o milagre da vida como ele é.
Ah se eu soubesse… que o mar espiritual é infinito de bençãos, não teria digladiado por um copo de água ao lado do grandioso oceano da plenitude. Teria deixado todas as quimeras de lado, e vivido mais a vida, a existência, o cosmos, a liberdade, o eterno presente e a eterna aurora.
Ah se eu soubesse… teria renunciado aos hábitos arraigados, as discussões estéreis, a especulação teórica. Se eu soubesse, teria permanecido mais na natureza, observando os pássaros, molhando as mãos no rio, sentindo o vento, me aquecendo ao sol da manhã, sujado as mãos na lama e sentido o frescor da chuva. Se eu soubesse que sou um ser em desenvolvimento na essência inesgotável e eterna da vida, teria sido infinitamente mais livre e feliz.