Certa vez um irmão maçom. Chegou a um
templo para celebrações em loja e observou que de todos ali naquele maravilhoso
salão repleto de inúmeros irmãos na maioria veneráveis e venerandos muitos
serenos e impolutos em suas posturas, contudo notou que o único que não trazia
em sua destra o símbolo de seu grau e reconhecimento O ANEL MAÇONICO era
justamente o Grão-Mestre, pensou este nosso Venerável irmão com certeza pela
idade deve ter esquecido do Anel em algum lugar, afinal pela idade avançada há
de ser compreender. Contudo no final da celebração o mesmo foi ter entre colunas
com o mesmo; e perguntou ao Grão-Mestre com todo respeito sobre o anel dele e,
recebeu como resposta:
- Não o esqueci, na verdade quase
não o uso!
- Por que motivo tem medo
que lhe subtraiam o anel
- Não...
- Explique-me, por favor,
- Acompanhe-me por gentileza.
Os dois dirigiram-se para uma escada a
qual serpenteava a torre central do templo e por onde se adentrava as câmaras
ritualísticas de iniciação e assim por diante, ao chegarem ao primeiro vão o
Grão-mestre perguntou:
- Aqui começou tua jornada?
- Sim
- Saístes das trevas totalmente?
- Não, vi claridade, mas
continuava na noite, não podia nem falar.
- Tudo que passastes e por
onde caminhastes te foi difícil?
- Sim, mas no final vi que meus
irmãos me amparavam.
- E aqui já te deram todo o
conhecimento?
- Não, aqui estava na luz do
dia, já dava minha opinião, contudo a noite ainda caia, e sentia-me
desconfortável com esta situação!
- É mais o equilíbrio é a chave
para passarmos por este paradigma e aprendemos a não julgar aos outros que
caem, pois sentimos no âmbito do próprio ser a dificuldade de resistir as
tentações e as forças que vibram neste Orbe.
- É verdade, Estes momentos passam-se
no silêncio da solidão!
- Eis a passagem para o grande
salão, o que vós sentistes ao passar pelas colunas?
- Respeito, Ordem, Censo de
Justiça e que o Sol nos iluminará sempre!
- Ages sempre assim sabes que
existe um longo caminho até o outro lado?
- Sei que existem outros
aprendizados, e mais responsabilidade virá com o tempo, e tento com muito
esforço me manter reto em minha jornada.
- Bem respondido, o combate as
trevas, ao orgulho e a soberba começa dentro de si mesmo.
- Mestre o que me falastes é
maravilhoso, porém o que tem a ver com o fato do ANEL.
- Tudo, em tua jornada até aqui,
assim como eu, fomos agraciados com inúmeros títulos e ornamentos simbólicos,
contudo sentistes na ausência minha algo que te incomoda; se assim não o fosse,
não estaríamos tendo este aprendizado.
- Se notas esta ausência e de
outros ornamentos de nossa simbologia, em nossos irmãos e em nossas lojas como
tu ages? Me respeitas pelos títulos e ornamentos simbólicos que trago, ou pela
maneira que me porto em nosso círculo familiar e nas lojas que adentramos,
suportas-me pela minha conduta na sociedade como um todo?
- Sim, mestre não estou
entendendo tirai-me das trevas!
- Se me respeitas somente pelos
ostensórios superficiais de nossa filosofia, desculpe-me por tê-lo conduzido ao
erro pois sua falha como irmão se faz pelo meu pecado em ostentar a vaidade que
atribuis as simbologias.
- Não mestre, não se trata
disso....
- Porém se tendes todo este
apreço e respeito por mim, somente pela minha justa conduta então estou em paz,
pois aprendeste a valorizar o ser humano e não suas vestes. O verniz e as
fascinações do exterior encantam e iludem até os mais sábios, contudo são das
entranhas que nascem os monstros ou erguem-se os anjos.
- E assim é com o ANEL E TODOS OS
ORNAMENTOS que usamos sem as vezes nos percebermos que o mais importante é a
nossa conduta, para podermos caminhar de fronte altiva entre as colunas do
templo.